Jogo do Amor: um texto leve e divertido no teatro

fevereiro 21, 2018



Sabe aqueles dias em que você só quer distrair a mente e rir um pouco, sem precisar pensar sobre a vida e questões profundas? Eu estava assim há algum tempo e comecei a procurar o que fazer para relaxar a mente e dar umas risadas sem compromisso. Descartei o cinema porque meu foco agora é a maratona do Oscar, então não tenho assistido nenhum filme que não faça parte da lista de indicados - senão eu não consigo terminar tudo até o dia 04 de março para contar para vocês. Foi então que surgiu o convite para assistir a peça Jogo do Amor, com Aline Riscado e seu namorado, Felipe Roque.

Em um primeiro momento você pode ter pensado a mesma coisa que eu: Ah, não é porque eu estou querendo muito me distrair que vou aceitar ir a uma peça com duas pessoas que nunca vi atuar na vida. Mas poucos minutos depois, reconsiderei: Eu não tenho nada a perder, então por que não?

Fui ao teatro assistir a peça. O cenário é bem simples porque realmente não é necessário nada rebuscado demais, os objetos cenográficos - tais como um banquinho e uma gangorra - são suficientes para fazer com que o público consiga perceber onde cada cena estaria se passando na vida real. O tema é clichê e o texto brinca o tempo inteiro com isso. O trabalho de corpo dos dois atores é muito bom e o roteiro é bem fluido. Mesmo quando há tons de drama nas cenas o espectador não se sente envolto por uma aura triste. Pelo contrário, os alívios cômicos nesses momentos são bem aplicados e equilibram o texto.

É interessante a forma como o jogo de interesses, o de sedução e os jogos em si - como peteca, por exemplo - se relacionam na peça. São situações reais, que acontecem o tempo inteiro perto de nós, mas que muitas vezes não prestamos atenção justamente por serem comuns demais. Ali no palco, com toda a nossa atenção voltada para isso, fica claro como nós jogamos o tempo inteiro uns com os outros, seja no sentido literal ou emocional e psicológico.

O casal tem bastante sintonia, apesar de não ser possível dizer se isso se deve ao fato de serem um casal também na vida real ou se realmente há química entre os dois em cena. Aline e Felipe fazem você acreditar no romance, torcer pelo casal, rir, soltar uns suspiros apaixonados e querer dar conselhos de amigo em vários momentos. Talvez justamente pelo texto não ser profundo e pelo tema ser clichê seja tão natural se envolver com os personagens. O tempo dentro do teatro passa sem que o público perceba e, quando a peça termina, a sensação que fica é a de ter terminado um livro de romance leve e divertido, daqueles que deixam uma nuvem de alegria boba e simples envolta da gente.

Quando você estiver precisando dar aquela desligada do mundo por um tempinho, ou mesmo se quiser fazer algo entre amigas, sair com o crush ou tirar alguém da fossa, recomendo que vá assistir Jogo do Amor. É sempre bom ajudar a estampar sorrisos nos rostos das pessoas 😅.

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